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A empresa localiza-se na freguesia de Oliveira do Conde, no concelho de Carregal do Sal, em Viseu. A Vila foi, no passado, sede de concelho muito antigo e próspero. Teve foral de Dom Dinis, em 1286, e foral novo de Dom Manuel, em 20 de Dezembro de 1516 .  Foi assento dos Condes de Sortelha, passando depois para os Condes de Vila Nova de Portimão e Marqueses de Abrantes.

Alguns resquícios chegaram aos nossos dias, podendo ver-se ainda hoje alguns solares, o pelourinho e a Igreja Matriz.

Esta propriedade está localizada em Cabanas de Viriato, concelho de Carregal do Sal. Com história registada desde o séc. XIII, Cabanas de Viriato é o berço de Aristides de Sousa Mendes, cuja casa é um dos principais motivos de atração desta vila bem preservada nas suas habitações de pedra granítica.

De granito com alguma areia é também o solo, pobre e austero, da Quinta de Santa Maria. Já o muro alto que a rodeia por completo atesta a importância que outrora atingiu enquanto propriedade agrícola e a deslumbrante vista para a Serra da Estrela complementa o quadro.

Rodeadas por oliveiras e retalhos de bosque, as uvas são 30% brancas e 70% tintas, com as variedades clássicas do Dão: Encruzado, Touriga Nacional, Alfrocheiro, Jaen e Tinto Cão. Num futuro muito próximo, a componente de uva branca será reforçada com a plantação de mais Encruzado na área livre, mas deixando sempre as manchas de pinheiros bravos para promover a biodiversidade e manter inalterada a paisagem.

Na Quinta de Santa Maria avultam igualmente a adega antiga e a casa principal, que serão ambas objeto de recuperação no sentido de desenvolver o enoturismo na propriedade. As uvas são entretanto elaboradas no moderno centro de vinificação da Magnum-Carlos Lucas Vinhos, na Quinta do Ribeiro Santo, em Carregal do Sal.

Situada na margem esquerda do Távora, mais propriamente na localidade de Granjinha, concelho de Tabuaço, a quinta fez parte do património do mosteiro de S. Pedro das Águias, local de recolhimento dos monges cistercienses vindos de Borgonha e que lideraram a produção de vinho em toda a Europa medieval.

A propriedade manteve ininterruptamente a sua atividade vitivinícola e agrícola ao longo dos séculos, como o atestam a antiga adega com três lagares de granito perfeitamente operacionais e a Casa do Azeite, bem como estábulos, forno de lenha e armazém.

Adquirida pela Magnum-Carlos Lucas Vinhos em 2019, a Quinta das Herédias estende-se por um total de 109 hectares, incluindo 30 hectares de vinha e 35 hectares de olival, sendo o restante ocupado por floresta de souto, nogueiras, azinheiras, carvalhos, medronheiros, aveleiras e zimbro. Também laranjeiras, amendoeiras, cerejeiras e figueiras fazem parte da paisagem.

No geral, predominam as uvas tintas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Amarela e as brancas Viosinho, Rabigato, Gouveio e Arinto. Já no olival tradicional, são as variedades Cobrançosa, Galega e Verdeal as dominantes.

A Magnum-Carlos Lucas Vinhos honra o passado glorioso da Quinta das Herédias, empenhando-se na produção de Douro, Porto e azeite de excelência, e transportando para aquele local as preocupações ambientais e de sustentabilidade que caracterizam o modelo agrícola da empresa.

O enoturismo é um dos pilares da propriedade, contando para isso com a beleza paisagística do vale do Távora, a pequena capela e a casa principal da quinta. Esta última, bem como as casas dos caseiros, foram remodelados com materiais locais (madeira, xisto e granito) e transformados numa unidade de turismo rural com 10 quartos, piscina, jardim e esplanada.

Aliás, a própria Cabeção tem importante histórico vitivinícola, tendo outrora sido um dos maiores centros de produção de vinho de talha no Alentejo. O brasão da vila, com os cachos de uva em evidência, recorda-nos essa importante atividade local.

A Magnum-Carlos Lucas Vinhos veio de alguma forma fazer renascer em Cabeção esse passado de vinha e de vinho ao relançar e desenvolver, a partir de 2011, o projecto da família Nunes Barata, assente na Herdade Vale de Joana. A propriedade, de 300 hectares, tem 56 hectares de vinha plantada em 1996 em solos argilo-arenosos. Ali pontificam as castas brancas Arinto e Antão Vaz e as tintas Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Alfrocheiro, Baga, Cabernet Sauvignon, Trincadeira, Tinto Cão e Syrah.

Essa ambição foi finalmente realizada em 2017, através de uma parceria com a família Gaspar Ferreira, proprietários da Casa Grande de Santana, em Manhuncelos, concelho de Marco de Canavezes. Esta propriedade de 40 hectares data, pelo menos, de 1750, e tem uma história de vinha e de vinho desde a sua fundação. A casa nobre existente na quinta, a adega com os antigos lagares de granito e grandes toneis, a bonita vinha, são as bases para o nascimento, a breve prazo, de um hotel vínico. 

A Magnum-Carlos Lucas Vinhos cuida dos 25 hectares de vinha plantados em solos de granito arenoso. As castas Alvarinho, Loureiro, Trajadura, Avesso, Arinto, Azal, Vinhão e Fernão Pires, bem como a conjugação da frescura atlântica com as boas maturações que se conseguem neste terroir situado entre os rios Tâmega e Douro, oferecem todas as garantias a Carlos Lucas para a criação de Vinhos Verdes diferentes do comum: vinhos ambiciosos, de notável qualidade, intensidade e elegância, e com excelente capacidade para evoluir em garrafa.

Logo na vindima de 2017 foi possível produzir três brancos varietais (Alvarinho, Loureiro e Avesso) bem como um blend Grande Escolha e ainda um vinho de parcela, o topo de gama Casa Grande Santana Vinha da Cruz, elaborado com Azal, Avesso, Arinto e Alvarinho e fermentado em barricas de carvalho francês. A nova adega da quinta, em construção, irá possibilitar um ainda maior apuramento destes vinhos e o nascimento de outras referências.